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O consumidor está pronto para a Abertura do Mercado Livre de Energia?

Escrito por Joana Waldburger
Diretora Executiva da Tyr Energia

Se você é um empresário, síndico de condomínio, gestor corporativo ou possui alguma função de gestão de custos de energia elétrica, provavelmente já ouviu falar do Mercado Livre de Energia. O tema está quentíssimo em diversas esferas de discussão hoje no país: poderes e agentes públicos avaliam regras e impactos para ampliação do rol de clientes aptos a participar deste ambiente de negociação. Comercializadores de energia, por sua vez, diversificam seus produtos e simplificam a oferta mirando nesse novo perfil de cliente que participará desse ambiente de livre escolha e negociação.

A reflexão do futuro desse mercado perpassa, necessariamente, pela avaliação e compreensão do perfil deste consumidor, que inevitavelmente reproduzirá comportamentos e tendências após a mudança de abertura.

  • O que quer esse cliente?
  • Quais motivações, receios, e gatilhos para a decisão da contratação?
  • Como se comportará esse consumidor nessa nova realidade (novas obrigações, conceitos técnicos e comerciais)?

Para avançar nesses temas, traremos alguns dados sobre o mercado atualmente, sua evolução, além do resultado das pesquisas já realizadas, e que tecem um interessante panorama sobre o segmento.

O início do Mercado Livre de Energia

Embora seja novidade para muitos, o Mercado Livre de Energia já possui uma estrada. Estabelecido de forma embrionária em 1998 e com primeira regulamentação no ano 2000, teve o primeiro rol de clientes elegíveis a escolha do fornecedor de energia definido pela Lei nº 9.074 de 1995, que trouxe essa prerrogativa aos consumidores que possuíssem demanda contratada igual ou superior a 3.000kW.

Neste ambiente de contratação, o consumidor continua recebendo a energia (entrega física) da concessionária local. Ela (a concessionária), continua responsável pela qualidade do fornecimento. Mas a energia propriamente dita, o volume que foi consumido pelo consumidor, pode ser negociado num ambiente de livre negociação.

Como o Mercado Livre de Energia funciona atualmente?

Muitas perguntas foram vinculadas pelos potenciais clientes ao longo da nossa jornada comercial na Tyr sobre esse tema:

  • Como pagarei a energia para outro fornecedor, sendo que continuo recebendo a energia, no poste da rua, da concessionária?
  • Como consigo preços mais competitivos nesse ambiente?

A metáfora da piscina

Usamos com frequência a metáfora da piscina, para esclarecer de forma simples algumas dessas dúvidas. O setor elétrico brasileiro, que opera de forma interligada, se assemelha ao conceito de uma piscina repleta de água.

Para o funcionamento desta piscina, agentes “geradores” de energia entregam água, de cada um dos seus “baldinhos”, e cada “consumidor” de energia, “retira” água desta piscina para seu uso. Quando percebemos a piscina, não conseguimos distinguir a origem de cada parcela de água que compõe a piscina, não é mesmo?

O Sistema Interligado Nacional se assemelha ao conceito de uma piscina repleta de água.

Da mesma forma ocorre com as operações de compra e venda de energia do Mercado Livre, que possuem natureza simbólica no aspecto físico, e obrigações de cunho jurídico e econômico. Ou seja, o cliente escolhe o fornecedor de energia que suprirá o seu consumo, nessa “grande piscina”, mas continua atendido fisicamente pela mesma empresa (monopólio).

Números do Mercado Livre de Energia

Embora empenhados em muitas discussões sobre o seu futuro, o Mercado Livre de Energia já carrega dados significativos: mesmo com apenas pouco mais de 20% das unidades aptas à migração dentro deste modelo, sua adesão segue em expansão. Nos últimos 12 meses, o mercado cresceu mais de 19%, o que significou a entrada de quase 5 mil novos clientes para a dinâmica da livre negociação, e garantindo a este ambiente o marco de ser responsável por lastrear energia para 36% de todo o consumo do país e abocanhar 68% de toda a energia transacionada no Brasil.

Os segmentos mais representativos do ACL

Dentre os segmentos mais representativos deste mercado, destacamos o setor industrial, que no último mês de março atingiu o marco de mais de 90% do seu consumo, atendido pelo Mercado Livre. Dentre os segmentos que mais cresceram nos últimos meses, destacam o setor de saneamento (alta de 22,8%) e extração de minerais metálicos (alta de 9,6%).

Forte destaque para fontes renováveis

O Mercado Livre merece destaque sob o aspecto das fontes renováveis. 52% de toda a geração de fontes consideradas incentivadas (que são as renováveis), foram direcionadas para este mercado, representando um aumento de 38% nos últimos doze meses. Tal avanço encontra total aderência a uma das principais buscas do consumidor atual que adentra este mercado: além da redução de custos, a garantia de fornecimento de fontes renováveis (integradas à grande piscina que é o nosso setor elétrico).

Dada a visibilidade do avanço e características do setor, quais entraves para a adesão irrestrita dos consumidores atualmente elegíveis, e desta forma, quais desafios devemos enfrentar para o futuro da abertura do mercado de energia, pela ótica do consumidor?

Principais desafios

A pesquisa de opinião capitaneada anualmente pela Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia Elétrica), conduzida pelo Data Folha, nos fornece indicativos relevantes. O material tem como objetivo conhecer a opinião dos brasileiros sobre o setor elétrico, situação atual e prospecção.

Quando questionados sobre o preço de energia elétrica no Brasil, 8 a cada 10 brasileiros informaram considerar a energia cara ou muito cara, mantendo a série histórica.  

Pesquisa da Abraceel, conduzida pelo Data Folha

Os impostos ainda são vistos como o principal vilão para o preço da energia ser caro no Brasil, com ligeira alta nas menções em relação aos últimos anos (o que pode ser atribuído a uma melhoria no nível de informação do consumidor quanto às componentes do preço da energia). Aparecem na sequência a falta de concorrência, a interferência do governo e o desperdício da energia como outros motivos responsáveis pela alta.

Seguindo também a tendência histórica, a possibilidade de escolha do fornecedor de energia é algo desejado por cerca de 8 em cada 10 dos brasileiros questionados.

Pesquisa da Abraceel, conduzida pelo Data Folha

Quando questionados sobre o impacto da escolha no preço, mais da metade dos brasileiros acredita que a medida contribuiria para redução global do preço pago.

Entretanto, quando questionados sobre o cenário de efetivação da abertura para livre escolha, apenas 7 em cada 10 brasileiros trocariam o atual fornecedor de energia elétrica, com discreto aumento daqueles que não trocaria comparando-se o resultado do ano anterior. Sendo assim, temos uma redução no engajamento para a efetiva adesão ao novo modelo de contratação.

O que motiva os consumidores?

Para aqueles que optariam por outro fornecedor, o principal motivador mantém-se:

  • no preço;
  • seguido da opção por fontes renováveis;
  • busca por um melhor atendimento comercial.

Como motivados para não mudar de fornecedor, destacam-se a confiança na atual de empresa de energia, motivação que cresceu consideravelmente nos últimos anos, e na sequência, a burocracia compreendida para a mudança.

Nota-se, com tais dados, uma percepção de segurança atribuída às atuais concessionárias de distribuição de energia, e igualmente, um desencontro de entendimento com relação às reais alterações com a opção por um fornecedor alternativo de energia.

Compreendendo a metáfora da piscina, entendemos que a escolha do fornecedor se estende apenas à operação comercial de contratar energia de novas fontes, mas não em alterar propriamente a entrega da energia (o que levaria a uma avaliação de risco mais complexa para as eventuais consequências desta alteração).

A percepção de burocracia no processo de escolha indica possíveis análises de natureza procedimental e comercial com relação ao que vem sendo vinculado aos clientes nas ofertas de soluções em energias renováveis e mais baratas.

A complexidade dos modelos de negócio e do arcabouço regulatório possivelmente respinga na percepção do cliente leigo, e isto, somado a uma estratégia muitas vezes ultrapassada de comunicação e venda de tais soluções, certamente contribui nesta percepção de cenário burocrático para o consumidor navegar.

4 pilares para a experiência do cliente neste ambiente

Pela nossa experiência, o caminho para transformar esse cenário está em 4 pilares para a experiência do cliente, propostos a partir de reflexões ao longo de 10 anos de setor elétrico e relacionamento com grandes consumidores de energia.

Simplicidade na solução

Consumidores não especialistas em energia, cujo foco principal está nos seus respectivos negócios-fim, desejam, no mínimo, garantir a mesma facilidade de gestão de custos que possuem junto à concessionária local. Recebem no final do mês um boleto com todos os encargos, raramente possuem demandas técnicas ou comerciais… e mais raramente ainda desejam ter problemas de falta de energia emergencial. Ou seja, o relacionamento “conhecido” perpassa pouquíssimas interações com a empresa de energia.

As soluções tradicionais de redução de custos com o Mercado Livre, em muitos momentos, trouxeram complexidade na gestão desses pequenos e médios consumidores. Após a migração, surgem, por via de regra, múltiplos boletos para serem gerenciados, além de taxas e mensalidades que precisam ser acompanhadas. Além disso, diante de novos conceitos para serem gerenciados: flexibilidade, exposição, preço/MWh, por exemplo, como assegurar que a redução de custos está de fato acontecendo, no final do mês?

A própria entrada do cliente no mercado livre, denominado de processo de adesão, já assombrou muitos consumidores desavisados de todos possíveis gargalos e pontos de atenção. Sendo necessário concatenar etapas junto à própria distribuidora, à CCEE e do próprio cliente, faz-se necessário muitas vezes reunir conhecimentos regulatórios e técnicos do setor, para garantir que o processo siga de forma fluída e dentro dos prazos esperados pelo cliente.

Como a Tyr soluciona estes aspectos?

Como resposta a estes aspetos, a Tyr desenvolveu o modelo financeiro de cobrança mensal atrás de boleto único. Neste documento de arrecadação, todos os custos das transações do Mercado Livre já constam incluídos (e consolidados no valor contendo o desconto no custo de energia). Da mesma forma que antes o cliente realizava o pagamento através de uma única conta de luz, assim seguirá após a migração para o mercado livre e início do seu desconto.

 Para garantir a maior fluidez e menor impacto ao cliente durante o processo, a Tyr assumiu todas as etapas de adesão. Comunicação com a distribuidora, levantamento de documento, assinatura de termos e contratos, além de executar as adequações técnicas que muitas vezes são exigidas pelas distribuidoras (de natureza civil ou até mesmo elétrica).

Custo zero para o cliente

Muitas surpresas também foram sentidas pelos clientes que optaram pela migração no que diz respeito à necessidade de realização de investimentos de ordem administrativa e técnica. Vendida muitas vezes como uma solução sem investimento (comparando com soluções que exigem a instalação de placas solares ou outros equipamentos de geração, na planta do cliente, por exemplo), muitos consumidores tiveram que desembolsar custos não orçados para cumprir com as etapas administrativas da migração (taxa de adesão na CCEE, que inicia todo o processo, emissão de documentos societários do cliente, por ex), além de realizar adequações técnicas nas suas instalações (as quais estão previstas na regulamentação e normas das distribuidoras locais, mas muitas vezes não são comunicadas aos consumidores no processo de negociação).

A Tyr assume todos os custos

Assegurando que o consumidor não terá assombros para entrar no mercado livre, a Tyr assumiu todos os custos incorridos com o processo. E para que seja possível, conta com expertise técnica na área de engenharia e regulatório de distribuição de energia, como um grande diferencial.

Segurança na contratação

Ponto central para garantir a confiança do consumidor na escolha pela migração para o Mercado Livre está na segurança do modelo de economia. Acostumado à realidade de relativa previsibilidade dos custos (tarifas reguladas, sujeitas a reajustes anuais e revisões periódicas, e sendo todas validadas pelo órgão regulador), administrar as variações nos custos de energia, e que podem impactar na percepção no desconto do final do mês, dissuadiu muitos clientes a aderirem ao mercado livre.

A Tyr oferece desconto garantido

Para responder a esse receio, a Tyr estruturou a sua oferta na modalidade de desconto garantido, isto é, a através da garantia de um percentual definido no contrato para a redução dos custos com energia (faça chuva ou faça sol – literalmente). Todo o risco de gestão da contratação de energia e estratégias frentes às oscilações do mercado são absorvidas pela Tyr, e ao cliente é garantido, mensalmente, a redução contratada no seu custo total com energia.

O consumidor no centro

Simplificar a oferta para empoderar o cliente, colocando-o no centro das decisões energéticas. Este pilar prepara o consumidor para o futuro da energia, e se dá através de um novo paradigma de gestão estruturado em informações.

Medidores Inteligentes da Tyr Energia

Através de medidores inteligentes que informam o comportamento do consumo de energia em tempo real, a Tyr permite ao cliente conhecer e aprofundar a sua percepção sobre o seu perfil energético, permitindo adentrar na seara do uso mais eficiente deste recurso.

Para conhecer todas as vantagens que a Tyr oferece, clique aqui e entre em contato com o nosso time comercial através do formulário na home do site.